Uma excelente narrativa, com muita imaginação, que só poderia vir de uma excelente leitora.
Os parabéns à nossa Beatriz Neto!
"Uma viagem até ao tempo dos dinossauros"
Num dia de primavera nasceu um
menino chamado António que era muito fofo e esperto. Quando tinha acabado de
nascer já dizia as palavras que normalmente um bebé normal só dizia ao fim de
algum tempo.
Os anos foram passando e esse
menino ia desenvolvendo-se cada vez mais. O António aprendeu a ler aos três
anos, a pintar aos quatro e aos cinco já escrevia livros com cento e cinquenta
páginas. Com dez anos andava no 4º ano como todos os outros mas o António era
especial. Fizeram uma festa quando ele passou para o 5º ano e depois da festa
ele foi dormir.
No dia seguinte António teve uma
ideia, começou a rabiscar no papel e depois de muitos rabiscos conseguiu,
inventou uma máquina do tempo. A seguir, foi a correr para a escola e encontrou
uma menina chamada sara que nunca vira na vida.
- Ola! Eu sou o António. E tu
quem és?
- Eu sou a Sara. Sou nova nesta
cidade e não consigo fazer amigos.
- Eu quero ser teu amigo!- disse
ele
- Eu também quero ser tua
amiga!- respondeu.
E assim começou uma longa e bela
amizade.
Depois da escola Sara e António
foram para casa. Subiram as escadas em direção ao quarto do António, largaram
as mochilas e sentaram-se no chão. Sara viu, uma enorme máquina em forma de cápsula com tamanho para dois, cheia de botões e luzes então perguntou:
- O que é?
- É uma máquina do tempo, fui eu
que a fiz.
- Uau! Posso experimentar?
- Claro! Onde queres ir, quer
dizer a que tempo queres ir?
- Eu gostava de visitar o tempo
dos dinossauros.
- Está bem. -disse o António
carregando em botões.
- Entra, vamos visitar os
dinossauros.
Sara e António entraram na máquina
e durante a viagem que demorou pouco tempo sentiram os pés fora do chão,
cocegas na barriga e o cabelo a voar.
Quando chegaram começaram a
olhar em volta e não havia sinal de nenhum dinossauro ou de algum homem das
cavernas. Então os dois amigos começaram a andar para ver se conseguiam
encontrar alguém. A Sara estava cansada por isso parou, e sentou-se em cima de
uma rocha e ficou muito mais aliviada. Mas o António reparou numa coisa e
disse:
- Sara, que eu bem me lembre as
rochas não são brancas.
- Pois, agora que falas nisso
não me parece que esteja sentada em cima de uma rocha.
- Olha! - gritou. Está a rachar.
E Sara deu um pulo e saiu
imediatamente de cima daquela pedra. De lá de dentro saiu um pequeno dinossauro
brincalhão.
- Já percebi! Tu sentaste-te em
cima de um ovo de dinossauro e chocaste-o como as galinhas.
Depois de algum tempo decidiram
que iam tratar dele ate encontrarem a sua mãe.
Foram todos dormir mas, passados
uns minutos, acordaram pois ouviram passos gigantes. O dinossauro bebé
escondeu-se atrás de uma rocha e os dois amigos atrás de uma árvore.
Os passos eram de um dinossauro gigante
que farejou e encontrou a Sara e o António e foi logo atrás deles. Mesmo no
momento em que se preparava para os comer veio um homem das cavernas que lhe
deu uma cacetada na cabeça. O dinossauro fugiu a sete pés e todos ficaram
aliviados.
A Sara perguntou:
- Como é que sabias que
estávamos em apuros?
- Foi este pequeno que me levou
ate aqui.
- Como te chamas? Perguntou o
António.
- Eu chamo-me Valter.-disse ele.
- Nos somos a Sara e o António.
- Venham comigo, vou mostrar-vos
a minha casa. -disse Válter.
Agora eles tinham ganho dois
novos amigos, o Válter e o dinossauro bebé. E lá foram atrás dele.
Quando chegaram a sua casa, pararam
e olharam em redor e viram uma enorme gruta castanha com enormes folhas a
bloquear a entrada. Entraram todos. Por dentro, encontraram um guarda-roupa
feito de pedra com roupa de pele de animal, comida feita com pedras, folhas,
carne de dinossauro e peixe.
- Eu alimento-me de coisas que
encontro para sobreviver.
- És o único homem das cavernas
que existe?- interrogou a Sara.
- Não, em cada ponta existe uma
família da minha geração.- Respondeu Válter.
- E onde está a tua família?-
disse o António.
- Ela foi engolida pelo Olhos
Negros. - disse Válter com lágrimas nos olhos e com o punho fechado.
- Quem é o Olhos Negros?-
perguntaram em coro.
- É o maior dinossauro que
existe e há muito tempo que estou a tentar vingar-me pelo que ele fez a minha
família. – Disse.
De repente ouviram-se enormes
passos a chegarem.
- É o Olhos Negros! - gritou o
Valter. Fujam!
E logo todos se esconderam menos
o dinossauro bebé que estava distraído com uma borboleta.
Então o Olhos Negros abriu a
boca e levou o bebé. Caminhou e caminhou deixando pegadas, então os amigos
seguiram-nas.
Quando as pegadas acabaram
encontraram um enorme ninho de dinossauro. O António, a Sara e o Valter
esconderam-se atrás de uma pedra e ficaram a observar o ninho, mas ficaram
surpreendidos com o que viram. O Olhos Negros não era macho e também não era
mau só estava à procura do seu filho, o dinossauro bebé.
E nesse momento todos ficaram
amigos. Então o Valter já não ficava sozinho, ficava, agora, com os seus novos amigos. António olhou para o
relógio e disse à Sara:
- Já está na hora de irmos para
casa, a tua mãe deve estar quase a chegar para te vir buscar.
E foram a correr para a cápsula.
Como faltava pouco tempo e o
caminho era muito colocaram-se todos em cima do dinossauro mãe.
Só faltavam alguns minutos para
partirem e o António e a Sara já estavam na máquina o António disse a Valter:
- Inventa a roda entretanto!
Claro que ele não entendeu mas
continuou contente na mesma.
Então despediram-se todos de
António e de Sara e os dois despediram-se de todos também.
Quando chegaram ao quarto
desceram as escadas e sentaram-se no sofá a ver televisão. Bateram a porta. Era
a mãe da Sara.
O António foi abrir a porta e
despedindo-se com um aceno de mão disse que voltariam a ter muitas outras
aventuras, que eu não posso contar… senão estragava a surpresa!
Beatriz Neto
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